Julho das Pretas promove roda de conversa “As Preta Véia” no Museu Paranaense 21/07/2023 - 17:30

No dia 25 de julho, próxima terça-feira, às 19h30, o Museu Paranaense (MUPA) recebe a roda de conversa intitulada "As Preta Véia". O evento foi idealizado pela Movimenta Feminista Negra e contará com a mediação de Isabel Oliveira e terá a presença das convidadas Angélica Pereira da Silva, Clemildes Ferreira Bahr, Giorgia Prates e Leonir Lucinda dos Santos, que irão debater a partir das experiências de vida e da ancestralidade negra.          


Na ocasião, haverá uma homenagem femenagem com entrega de certificados para as artistas e produtoras que construíram o Julho das Pretas no MUPA em 2022 e 2023. Vale lembrar que a programação é gratuita e aberta a todos os públicos. Não há necessidade de inscrição prévia para participar. 


A roda de conversa “As Preta Véia” marca o dia 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e também Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Este é o segundo ano consecutivo de atividades do Julho das Pretas no MUPA, e 11ª edição do movimento, que neste ano tem como tema norteador “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”.           


O Julho das Pretas é mobilizado pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Rede de Mulheres Negras do Nordeste e Rede Fulanasm, Negras da Amazônia Brasileira e em Curitiba o coletivo de mulheres, Movimenta Feminista Negra.


CONVIDADAS: 
Angélica Pereira da Silva, 65 anos, nasceu em São João do Caiuá, região Noroeste do Paraná. Colheu café, algodão e aos 18 anos foi mãe. Tornou-se a matriarca da família e em 1977 saiu do interior, vindo para Curitiba. Na capital, desenvolveu muitas estratégias para enfrentar o racismo. Criou a filha, cuidou de sua mãe idosa. Trabalhou durante a vida toda como cozinheira e empregada doméstica. Foi presidente da associação de moradores, grupo de mulheres. Seu hobby são suas plantas. Tem conhecimento em ervas medicinais.

Clemildes Ferreira Bahr, 85 anos, é costureira, compositora, defensora da cultura paranaense. Considerada a baronesa cultural de uma das manifestações mais populares do Estado, o fandango, irmã do sambista Palminor Rodrigues Ferreira, o Lápis. De uma família de músicos e tia do músico Alexandre Carlos, o “Grafite” participou de corais, gravou e compôs canções.

Isabel Oliveira é atriz negra, arte-educadora, mãe, pesquisadora, professora das séries iniciais e contadora de histórias. Paulistana, reside em Curitiba há 14 anos, onde tem sido atuante na luta contra o racismo, a perseguição às pessoas negras e a invisibilidade da população negra nos espaços da cena. Mestre em Arte pela Universidade do Estado do Paraná (UNESPAR), desde 2018 vem investigando o universo dos teatros negros em Curitiba. Criadora da Coletiva Preta de Teatro Èmí Wá, é uma das codiretoras nas obras em audiovisual de “Parteiras de Interior” - 2022. 

Giorgia Prates é vereadora de Curitiba desde fevereiro de 2023, sendo a primeira mulher negra lésbica a ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Curitiba. Está à frente da bancada de oposição no plenário municipal, e atua como presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania, Segurança Pública e Minorias. É também a primeira procuradora-adjunta da Mulher. Giorgia integra as comissões de Economia, Finanças e Fiscalização; Urbanismo, Obras Públicas e TI; Especial da Visibilidade Negra; e é suplente no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. 


Leonir Lucinda dos Santos tem 89 anos e nasceu em Curitiba. Teve 4 filhos, tem 12 netos, 17 bisnetos e 9 tataranetos. É carnavalesca e foi Rainha do Rancho das Flores, Rainha da regional Pinheirinho e CIC, Rainha dos conjuntos habitacionais. Pertence à escola de samba Embaixadores da Alegria e à ordem Franciscana. É da Pastoral da Aids, conselheira de saúde, além de integrar três grupos de terceira idade. 


SERVIÇO - Roda de conversa “As Preta Véia” - Julho das Pretas no MUPA
Terça-feira, 25/07, às 19h30
Museu Paranaense: Rua Kellers, 289, São Francisco - Curitiba.  
Entrada gratuita, sem necessidade de inscrição prévia. 


Realização: Museu Paranaense em parceria com Movimenta Feminista Negra
Equipe Movimenta Feminista Negra:
Mestres de cerimônia: Dirléia A. Matias, Emily Borges e Jéssica Santos
Produtoras: Sabrina Marques e Telma Mello
Assistência de produção: Dirléia A. Matias, Emily Borges e Jéssica Santos
Fotografia: Pretícia 
 

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