Em cartaz
Confira as exposições em cartaz no Museu Paranaense:
PROCUREM-SE
CURTA DURAÇÃO | Espaço Vitrine
“PROCUREM-SE”, da artista visual Luana Navarro, foi uma das propostas contempladas no III Edital de Ocupação do Espaço Vitrine do MUPA. Tendo como disparador o contexto político em 2018, o uso imperativo do verbo foi mobilizado pela artista como um convite e, ao mesmo tempo, um apelo. “PROCUREM-SE” tomou forma desde então como um adesivo de distribuição gratuita, que ao longo dos anos ocupou diversos cenários, públicos e privados. Agora, o trabalho ocupa o Espaço Vitrine do MUPA, com outra dimensão e forma de existir desde o contexto do Museu.
Claudia Andujar: poéticas do essencial
CURTA DURAÇÃO | Anexo do museu
A exposição é um recorte da longa trajetória da fotógrafa e ativista Claudia Andujar junto ao povo indígena Yanomami. Suas imagens, que foram essenciais para a demarcação da Terra Yanomami, registram uma perspectiva íntima e significativa sobre a realidade desse povo, há anos ameaçado por processos de exploração e degradação ambiental. Na mostra, é possível ver trabalhos realizados ao longo das décadas de 1970 e 1980, de coleções importantes da carreira da fotógrafa, como “A Casa” (1970 - 1976), “Floresta” (1974) e “O Reahu” (1974-1976). Além de livros e documentos raros que narram a trajetória dos Yanomami e celebram sua cultura e sabedoria, como o “Mitopoemas Yãnomam” (1978). Ao todo, são 24 obras e dois conjuntos, as séries “Genocídio do Yanomami: morte do Brasil” (1989), formada de 228 fotografias, e “Catrimani” (1971 - 1972), composta por 10 obras – todas inéditas no Museu Paranaense.
Mejtere: histórias recontadas
LONGA DURAÇÃO | Anexo do museu
Mejtere: histórias recontadas é uma exposição de longa duração, resultado de projeto de curadoria compartilhada entre a instituição e indígenas. A mostra reverbera uma pluralidade de vozes indígenas, que refletem novas perspectivas sobre as coleções etnográficas do museu a partir do encontro do grupo de estudantes indígenas com o acervo do MUPA.
Curadoria de Robson Delgado (Baré), Ivanizia Ruiz (Tikuna) e Camila dos Santos (Kanhgág), acompanhada pela equipe do MUPA formada por Josiéli Spenassatto e Giselle de Moraes.
Lange de Morretes: entre-paisagens
LONGA DURAÇÃO | Sala Monográfica - Edifício Histórico
Com curadoria de Marco Baena, a exposição "Lange de Morretes: entre-paisagens" apresenta um significativo conjunto de obras do artista paranaense Lange de Morretes, como pinturas , desenhos de paisagens e autorretratos, além de materiais relacionados às suas investigações científicas na área de Malacologia (estudo de moluscos).
Ante ecos e ocos
LONGA DURAÇÃO | Anexo do museu
Ante ecos e ocos é uma exposição de longa duração que apresenta a cultura afro-brasileira por meio de um recorte mais local, abrangendo as heranças africanas no estado do Paraná, a partir de objetos que integram o acervo do Museu Paranaense. Seis núcleos principais desenham a narrativa dessa mostra que aborda o quilombo, o carnaval, a religiosidade, a congada, o período do pós-abolição e a capoeira. Esses conjuntos são formados por vídeos, fotografias, documentos históricos e outros materiais da história afro-paranaense sob a guarda do Museu, mas que tiveram seus hiatos e ausências preenchidos por meio de uma busca ativa da equipe de pesquisa por conteúdos complementares aos já existentes. Para isso, foram realizadas novas aquisições de esculturas, pinturas, bandeiras e até instrumentos musicais, todos relacionados à cultura negra e suas expressões.
Curadoria de Bruna Reis, Diogo Duda, Emanuel Monteiro, Fernanda Santiago e Geslline Giovana Braga, acompanhada pela equipe do Museu Paranaense formada por Richard Romanini, Josiéli Spenassatto e Felipe Vilas Bôas.
Nosso estado: Vento e/em Movimento
LONGA DURAÇÃO | Anexo do museu
A exposição é formada por dois eixos: Deslocamentos por dentro e Deslocamentos pela margem que se subdividem em 5 núcleos cada. O primeiro eixo propõe um mergulho na história de algumas das diversas comunidades que formaram o Estado do Paraná, desde migrantes relacionados aos deslocamentos históricos e contemporâneos, abarcando também experiências vinculadas a exílios indígenas (como o emblemático caso da etnia Xetá) e comunidades quilombolas. Já o eixo Deslocamentos pela margem é dedicado à cultura caiçara. Nele o visitante é convidado a conhecer a complexidade da experiência coletiva das comunidades caiçaras do litoral paranaense por meio de sua musicalidade, religiosidade e relação com seu território.
Os registros audiovisuais presentes na exposição passam a integrar o acervo documental do Museu Paranaense, ampliando a diversidade de vozes e expressões populares e tradicionais desta instituição de 145 anos de existência.
Ephemera/Perpétua
LONGA DURAÇÃO | Andar superior Palacete São Francisco
O que é efêmero? O que é perpétuo? O que representa a confluência de ambos? Essas indagações, de forma sutil ou ostensiva, estão apresentadas em cada um dos conjuntos expostos.
Com caráter amplamente multidisciplinar, a exposição traz mais de 180 peças do acervo do Museu Paranaense, que é um dos mais importantes da América Latina nos campos da antropologia, arqueologia e história. Sob muitos aspectos, esta é uma exposição antológica, cada um dos objetos selecionados do seu acervo para ser mostrado, conta mais do que uma história. Traz ao visitante reflexões acerca do sentido das coleções e dos colecionadores, pesquisa científica, tempo e memória, tendo como ponto de partida a história da própria instituição e acervos emblemáticos.
A mostra ultrapassa os limites do arqueológico, antropológico e histórico no que se especializou o Museu, e propõe correlações inesperadas. Da relação das gravuras do artista pernambucano Gilvan Samico com os mitos. Ao mostrar a trajetória de um pesquisador que quis ser enterrado em pé na sua cidade, revela que foi tão dedicado à ciência quanto a arte.
Esta é, portanto, uma exposição de exposições. Para muitos gostos e curiosidades. Para visitar e revisitar, como o faz com a sua própria história o Museu Paranaense, uma exposição de longa duração.
Eu Memória, Eu Floresta: História Oculta
LONGA DURAÇÃO | Andar inferior do Anexo
Essa exposição dá início ao projeto Circuito Ampliado - Acervos em Circulação, em parceria com o Espaço Cultural BRDE, que propõe diferentes olhares sobre obras, objetos e documentos relacionados à erva-mate provenientes do acervo do MUPA.
A mostra apresenta a erva-mate a partir de eixos como: os usos e saberes da planta dos povos indígenas do Sul, bem como seus primeiros locais de cultivo da planta: as florestas; o beneficiamento artesanal por pequenos produtores; e aspectos ligados à representação científica e artística da natureza feitas por viajantes estrangeiros e pesquisadores.
Fazem parte da exposição um conjunto de fotografias, peças tridimensionais, as reproduções do álbum Voyage pittoresque et historique au Brésil, de Jean-Baptiste Debret e a emblemática fotopintura Família Kanhgág no Museu Paranaense, produzida em 1903. E ainda, um conjunto de obras do artista indígena wapichana Gustavo Caboco. Suas obras propõem uma atualização da história indígena ligada à erva-mate, questionando o lugar dos saberes dos povos originários em contraposição à
história “oficializada”.⠀
Conflitos Armados no Paraná
LONGA DURAÇÃO | Andar inferior do Anexo
A formação do Estado do Paraná, assim como a do Brasil, experimentou uma série de conflitos das mais diversas ordens. Palco e laboratório social, o Paraná foi forjado em processos de agregação e desacordo envolvendo ideias, culturas e posicionamentos.
Estes elementos estão presentes na exposição, com enfoque em três momentos cruciais: a Guerra da Tríplice Aliança, a Revolução Federalista e o Movimento do Contestado. Na exposição “Conflitos Armados do Estado do Paraná” você pode tomar conhecimento destes temas complexos por meio de objetos, fotografias e documentos, permitindo criar uma narrativa histórica crítica e atual sobre as contendas, suas origens, trajetórias e legados.
Numismática e cultura material:
Coleções do Museu Paranaense
LONGA DURAÇÃO | Andar térreo Palácio São Francisco
A numismática explora o campo do colecionismo, englobando a pesquisa cientifica dos vestígios do passado e da produção contemporânea manifestada tanto por objetos como por moedas, medalhas, cédulas, comendas, insígnias e fichas – acervo
que o visitante encontrará exposto - quanto pelo seu contexto de produção, circulação e reutilização em ambientes exóticos
à sua funcionalidade.
Por meio dessas peças é possível observar um fragmento do nosso passado, pois revelam valores e comportamentos morais, técnicas artísticas e de reprodutividade, regras e escolhas imagéticas das sociedades de outrora que ainda ecoam no tempo presente. Ao longo de sua trajetória, o Museu Paranaense, destacou-se como bastião da vanguarda cientifica, criando coleções de estudos que auxiliaram gerações e pesquisadores e permitiram à sociedade paranaense conhecer seu passado e compreender os desdobramentos na contemporaneidade. Entre tais coleções destacam-se as numismática.