Exposição “Gravado” reúne obras de Lívio Abramo no Museu Paranaense 25/07/2019 - 09:50

Mostra integra a pré-programação da 14ª Bienal de Curitiba

Obras de um dos maiores gravadores brasileiros, Lívio Abramo, estão em exposição no Museu Paranaense até o dia 31 de agosto. A mostra “Gravado” traz uma seleção de cinco gravuras de Abramo e pedras litográficas da antiga Impressora Paranaense, pertencentes ao acervo do museu. A exposição faz parte da pré-programação da 14ª Bienal de Curitiba, que inicia oficialmente em setembro de 2019. A entrada é gratuita.

Exposição
Gravura "Festa" de Lívio Abramo

Brugnera é curador da exposição e explica que a ideia foi criar uma composição de peças que dialogassem entre si. “Essa junção é um comungar das obras contemporâneas de Abramo com as pertencentes ao acervo do Museu Paranaense. Pedras de litografia, de formas diferentes, com as gravuras. Optamos também pelas flutuações,de forma que as peças não estão no chão ou na parede, mas descoladas, desgrudadas, como se flutuassem no espaço.”

Pedras litográficas
Pedras litográficas da antiga Impressora Paranaense

Para a autora do texto crítico da exposição, N Rabelo, “sua habilidade na alternância entre a luminosidade e a sombra espessa frutificou em obras de grande interesse estético e potencial transformador inquestionável”. Abramo capturou movimentos a serviço da imprensa crítica, enaltecendo excluídos, bem como aspectos religiosos afro-brasileiros.

As cinco gravuras em exposição retratam temáticas como a indígena, o urbanismo e a natureza; pertencem ao acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR).

O artista
Lívio Abramo (1903-1992) foi um gravador, desenhista e pintor brasileiro natural de Araraquara-SP. Fez suas primeiras gravuras no ano de 1926 e foi responsável por introduzir no Brasil a gravura moderna. A militância política e social do artista, aliada à sua visão humanista do mundo, reflete em suas obras. Sua produção ao longo de mais de 60 anos buscou expressar de forma sintética, em cada fase, o sentido do homem na história. Abramo faleceu em 1992 em Assunção, no Paraguai, onde viveu por 30 anos. Desde 1962 dirigiu o Setor de Artes Plásticas e Visuais e fundou o Patrimônio Histórico e Artístico do Paraguai.

Lívio Abramo
Lívio Abramo foi pioneiro na gravura brasileira moderna

Pedras litográficas
As peças do Museu Paranaense que estão em exposição são pedras litográficas da antiga Impressora Paranaense, fundada em 1854. A Impressora Paranaense foi responsável pela popularização da litografia nas artes gráficas do Paraná, sobretudo com a reprodução de rótulos de erva-mate.

Sobre a Bienal
A 14ª Bienal de Curitiba ocorre de 21 de setembro de 2019 até 23 de fevereiro de 2020. “Fronteiras em aberto” é o tema dessa edição, que tem curadoria de Adolfo Montejo Navas e Tereza de Arruda. Artistas dos cinco continentes estão na programação geral, com destaque para Rússia, Índia, China e África do Sul – países membros do bloco BRICS. Essa edição ocupará todos os museus e centros culturais de Curitiba, e também terá sedes em outras cinco cidades do Paraná, além de Florianópolis (Santa Catarina) e Brasília (Distrito Federal).

Realização
Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura de Curitiba, Secretaria de Comunicação Social e da Cultura do Governo do Paraná, Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Governo Federal.

Serviço
Exposição “Gravado” – mostra de gravuras de Lívio Abramo
Pré-programação da 14ª Bienal de Curitiba
De 18 de junho a 31 de agosto de 2019
Entrada gratuita

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