MUPA terá roda de conversa sobre desaparecidos da ditadura militar 04/10/2022 - 17:03

No próximo sábado (13), o Museu Paranaense irá promover a atividade “Futuro presente: roda de conversa sobre desaparecidos da ditadura civil-militar brasileira”. Essa é uma das propostas de ativação da exposição “Folha de Papel”, da artista Manoela Cavalinho, em cartaz no Espaço Vitrine do MUPA. Ao lado da artista, participará da roda de conversa a pesquisadora e coordenadora do Memorial da Resistência de São Paulo, Ana Pato. 
 
A exposição “Folha de papel” propõe reflexões sobre o período da ditadura civil-militar (1964-1985), mais especificamente sobre um episódio no Parque Nacional do Iguaçu em julho de 1974. Na cena histórica revisitada pela artista em seu trabalho, seis militantes foram mortos por agentes em uma emboscada. Os corpos de Onofre Pinto, José de Carvalho, Daniel de Carvalho, José Lavechia, Vítor Carlos Ramos e Ernesto Ruggia nunca foram encontrados e os relatos que reconstituem essa história foram resgatados pela Comissão da Verdade entre 2011 e 2014. 
 
A partir desse trabalho, a artista e a pesquisadora propõe dialogar com o público sobre questões que envolvem a memória dos desaparecidos da ditadura civil-militar brasileira, arte, história e arquivo.

 

SOBRE AS PARTICIPANTES
Manoela Cavalinho é artista e pesquisadora. Seu trabalho aborda a memória pessoal e suas intersecções com a memória social e histórica. Gosta de caminhar e quem sabe por isso realiza intervenções urbanas. Graduada e mestre em Psicologia Clínica (PUC-SP) e em Artes Visuais (PPGAV-UFRGS). Recebeu o prêmio Destaque Artista no XIV Prêmio Açorianos (2021) pela Prefeitura de Porto Alegre. Possui trabalho no acervo do MAC-PR e, em breve, na Fundação Vera Chaves Barcellos.

Ana Pato coordena o Memorial da Resistência de São Paulo. É doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e mestra em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina. É membro do Conselho Consultivo do Museu do Aljube - Resistência e Liberdade. Foi curadora das exposições Yona Friedman: Democracia (2021), Meta-Arquivo: 1964-1985. Espaço de escuta e leitura de histórias da ditadura (2019), 20º Festival de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil (2017), Quanto Pesa uma Nuvem?, de Giselle Beiguelman (2016) e curadora-chefe da 3ª Bienal da Bahia (2014). É autora do livro Literatura Expandida: arquivo e citação na obra de Dominique Gonzalez-Foerster (2012).     

 

SERVIÇO -  “Futuro presente: roda de conversa sobre desaparecidos da ditadura civil-militar brasileira” com a artista Manoela Cavalinho e a pesquisadora Ana Pato (Memorial da Resistência de São Paulo).

Sábado, 13 de agosto, às 16h no Museu Paranaense 
Vagas limitadas por ordem de chegada, entrada gratuita. 
Rua Kellers, 289, São Francisco - Curitiba
 

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