Manoela Cavalinho leva instalação sobre período ditatorial brasileiro ao Espaço Vitrine do MUPA 04/10/2022 - 15:57

Manoela Cavalinho, mulher branca de cabelo curto, óculos e blusa azul com listras coloridas, posando para a um foto em frente ao espaço onde sua obra foi instalada.
A obra traz reflexões sobre o episódio da chacina no Parque Nacional do Iguaçu durante o período ditatorial brasileiro. Foto: Kraw Penas

 

A partir do próximo sábado (09), o público que passar pelo Museu Paranaense poderá conferir a instalação “Folha de papel”, da artista Manoela Cavalinho. Contemplada pelo edital de ocupação “Espaço Vitrine”, do MUPA, a artista propõe reflexões sobre o período da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), mais especificamente sobre o episódio da chacina no Parque Nacional do Iguaçu em julho de 1974. A abertura do espaço é a partir das 11h do sábado e a ocupação do Espaço Vitrine por Manoela Cavalinho segue até 11 de setembro e a entrada é gratuita. 

No episódio histórico revisitado pela artista em seu trabalho, seis militantes políticos morreram fuzilados por agentes da repressão em uma emboscada. Os corpos de Onofre Pinto, Joel de Carvalho, Daniel de Carvalho, José Lavechia, Víctor Carlos Ramos e Ernesto Ruggia nunca foram encontrados e os relatos que reconstituem essa história foram resgatados pela Comissão da Verdade entre 2011 e 2014. Em “Folha de papel”, a artista se debruça sobre o passado autoritário brasileiro, muitas vezes encoberto por políticas de apagamento e negacionismos.


SERVIÇO – Instalação “Folha de papel” de Manoela Cavalinho no Espaço Vitrine
Abertura: sábado, 09 de junho, às 11h
Local: Museu Paranaense
Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba.  
Entrada gratuita. 

A instalação permanece no Espaço Vitrine do Museu Paranaense até 11 de setembro.