Stefanie Egedy: BODIES AND SUBWOOFERS (B.A.S.)
MOSTRA TEMPORÁRIA
Parte do Programa Público "Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies"
A instalação "BODIES AND SUBWOOFERS (B.A.S.)”, da artista Stefanie Egedy, ocupou o MUPA com uma experiência única baseada nos efeitos terapêuticos de sons de baixa frequência. A partir dela, a artista propôs uma oficina e performance com o público visitante. A programação aconteceu de 4 a 6 de julho de 2024, como parte do II Programa Público do MUPA, “Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies”.
Com base no conceito de uma "experiência vibracional" e nos efeitos de relaxamento, redução do estresse e da ansiedade do som de baixa frequência, "BODIES AND SUBWOOFERS (B.A.S.)" é uma série de instalações e concertos específicos de locais com composições personalizadas, produzidas para cada local.
Depois de analisar as especificidades da sala, a artista organiza os subwoofers e seleciona ondas sonoras de baixa frequência específicas, levando em conta características sônicas como ressonâncias e reverberações que são criadas em interação com a arquitetura da sala e sua transparência, que só pode ser percebida de maneira tátil e possui uma tonalidade reduzida.
Esse estímulo para todo o corpo nos convida a entrar em contato com diferentes tipos de vibrações e a sermos sacudidos por elas. Os efeitos físicos e perceptivos continuam sendo um campo de experimentação. A massagem sonora é sentida e ouvida na pele e no corpo, dando a sensação de ser tocado e abraçado por ondas sonoras.
Sobre a artista
Investiga o som em peças conceituais, trabalhos comissionados e música eletrônica experimental. Ocupa-se de pesquisar possibilidades com som de baixa frequência, corpos e subwoofers com obras que transitam entre a instalação e a performance— proposições sônicas construindo um corpo de trabalho chamado BODIES AND SUBWOOFERS (B.A.S.). Sub-graves, graves, infrassons, subwoofers e seus efeitos terapêuticos (relaxamento, redução do estresse e da ansiedade), juntamente com sua capacidade de se fazer presente em um espaço, são os fundamentos de sua prática artística - em paralelo às possibilidades de interação entre corpos humanos/arquitetônicos e ondas sonoras, usando gravações de campo, síntese analógica e digital.Trabalhou e expôs em contextos como CTM Festival, Berghain, KW Institute for Contemporary Art, Tresor, Radialsystem, The Fairest no Trauma Bar em Berlim; Harvard University (EUA), The High Line (NYC), Kunstfest (Weimar), Zentrale (Viena), Nextones Festival (Itália), Centro per l'Arte Contemporanea Luigi Pecci (Itália), Festival Sónar+D (Istanbul), Patchlab Festival (Cracóvia), Museu de Arte Moderno (Buenos Aires), em São Paulo, no MIS - Museu da Imagem e do Som e na festa Mamba Negra e no Festival Novas Frequências (Rio de Janeiro) e faz parte da lista de artistas do SHAPE+, apoiado pela Comissão Europeia.
Sobre o Programa Público
“Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies” é a segunda edição do Programa Público do Museu Paranaense (MUPA), um projeto experimental e bienal que, em 2024, aconteceu entre os meses de maio e agosto.
A partir de uma série de ações artísticas, educativas e culturais gratuitas, o público é convidado a se aproximar dos debates, trânsitos e manifestações associados ao corpo ― humano, não humano, orgânico, inorgânico ― como materialidade portadora e geradora de linguagens transversais.
Deste Programa Público, que conta com convidados de múltiplas partes do Brasil e do mundo, participam artistas, pesquisadores, professores, arquitetos, escritores e detentores de saberes e fazeres tradicionais.
Por meio de mesas de conversa, performances, oficinas e exibições, busca-se fomentar diálogos e trocas que aproximam diferenças, colocando em destaque a relação entre corporalidades distintas e temas como história, antropologia e arqueologia; artes plásticas, artes visuais e audiovisuais; literatura, poesia e escrita; infância, educação e aprendizado; gênero, raça e identidade; religiosidade, ritualidade e sagrado; dança, música e artes circenses; moda, design e arquitetura; sonoridade, sensorialidade e outras formas de experiência corporal.
Ao reafirmar a importância da cultura material e imaterial, bem como de seus sujeitos e os encontros que os permeiam, pretende-se também fortalecer a potência do museu como espaço de relações.